quinta-feira, 3 de julho de 2025

JOSÉ PAULO DE MEDEIROS

 

TENENTE JOSÉ PAULINO DE MEDEIROS - PATRONO DE UMA DAS RUAS LOCALIZADAS NO CONJUNTO LIBERDADE II, DOM JAIME CÂMARA, MOSSORÓ


JOSÉ PAULO DE MEDEIROS, natural de Natal-RN, conhecido popularmente  por “TENENTE ZUZA PAULINO”, oficia da gloriosa e amada Polícia Militar do Estado do Rio Grande do Norte e teve ação destacada à época do Governo do Interventor Federal MÁRIO LEOPOLDO PEREIRA DA CÂMARA,      que governou o Estado do RIO GRANDE DO NORTE, no período de 02 de agosto de 1933 a 27 de outubro de 1935, de quem era partidário e fiel exaltado. Não obstante à ação de finalidade a este, não o impediu de tomar parte ativa da INTENTONNA COMUNISTA como um dos defensores do Quartel da Polícia Militar, em 23 novembro de 1935, em cuja luta perdeu um braço.

FONTE -  LIVRO 2º BPM (NOTAS PARA A HISTÓRIA), DE ANTONIO NONATO DE OLIVEIRA

JOSÉ PAULINO DE MEDEIROS, natural de CAICÓ-RN,nasceu no dia  27 de agosto de 1909 e faleceu em ANGICOS-RN, no dia 05 de fevereiro de 1996, sendo filho do casal PAULINO JOSÉ DE MARIA, filho de PEDRO JOSÉ FERREIRA e ANNA FILOMENA DE JESUS; e de JOSEFA JOVELINA DE JESUS, filha de JOÃO PEDRO SOARES e  ENGRÁCIA MARIA DA CONCEIÇÃ.

OPINIÃO DO CORONEL JOSÉ PAULINO DE SOUZA

 De acordo com o coronel JOSÉ PAULINO DE SOUZA, o  tenente Zuza não foi um herói. É verdade que ele lutou na defesa do quartel, mas como marista apaixonado e oportunista foi para o batalhão para se infiltrar e facilitar o ataque dos revoltosos. Tenente Zuza ficou permanentemente vigiado por dois homens de confiança do capitão Joaquim de Moura, que dirigiu a defesa com bravura. Por isso, Zuza combateu à força. Em caso contrário, morreria

FONTE - FUNDAÇÃO JOSÉ AUGUSTO

JOSÉ PAULO DE MEDEIROS

 

 


JOSÉ PAULO DE MEDEIROS - TENENTE ZUZA PAULINO

Mas de todos os filhos de Paulino e de Josefa, sem dúvidas alguma, José Paulino de Medeiros foi o mais falado e mais conhecido nos cantos e recantos do estado e do país. Era oficial da Polícia Militar, ficando mais conhecido com o nome de Tenente Zuza Paulino.

Após a Revolução de 30, Getúlio Vargas nomeou, em 2 de agosto de 1933, Mário Câmara, seu oficial de gabinete na presidência, para ser o primeiro civil e potiguar a assumir a Interventoria Federal no Rio Grande do Norte, com a específica missão de preparar o terreno para dar ao Governo Vargas a vitória nas eleições de 1934, para Assembléia Estadual Constituinte.

Nessa época, Zuza Paulino era apenas um Guarda Civil. Mas aos poucos se tornou partidário fiel e exaltado do governo Mário Câmara, que logo lhe nomeou, através do Ato nº. 677 de 11 de agosto de 1934, como Delegado Especial da Fronteira para ser o comandante da força policial e tomar conta da zona serrana do estado nas eleições de 14 de outubro de 19345, quando os oposicionistas e conservadores, representados pelos populistas e liderados pelo oligarca José Augusto, do Partido Popular, o maior do estado, enfrentaram os situacionistas que compunham a Aliança Social, chefiada pelo interventor Mário Câmara, do PSD, pelo advogado Café Filho, do PSN, e apoiada pela Aliança Liberal do Presidente Getúlio Vargas. Esta foi uma das eleições mais violentas da história do nosso país e do nosso estado. Zuza Paulino ameaçou, perseguiu, espancou, assassinou e mandou fazer tropelias com vários inocentes do interior, apenas por serem adversários políticos. Ao final das eleições, conduziu e violou as urnas até Natal, fato que o tornou conhecido nacionalmente ao aparecer em 28 de novembro de 1934 na segunda página do Gazeta de Notícias, jornal do Rio de Janeiro. Toda essa violência fez o Superior Tribunal Eleitoral decretar a nulidade de várias secções eleitorais e a realização de eleições suplementares. O Partido Popular de José Augusto fez maioria em quase todos os municípios do estado, mesmo com tanta crueldade empregada pela situação.

Derrotado em praticamente todo o estado, Mário Câmara pôs em prática o plano de subverter a ordem no estado para impedir que o candidato do Partido Popular, Rafael Fernandes, assumisse o governo, ao não permitir a instalação e funcionamento da Assembléia Estadual Constituinte, onde estava em minoria. Assim, nove dias após as eleições, Mário Câmara nomeou, através do Ato nº. 708 de 23 de outubro de 1934, Zuza Paulino, ate então Inspetor da Guarda Civil, para ocupar o cargo comissionado de 2º Tenente da Polícia Militar, em reconhecimento às atrocidades cometidas pelo seu fiel escudeiro na eleição5. Em todo o governo de Mário Câmara, o patibular Tenente Zuza, acompanhado de seus policiais, uma verdadeira horda de jagunços criminosos, teve ação destacada e brutal. Daí pra frente o que houve foi muita truculência em toda a capital e o interior do estado! Houve quem afirmasse ter visto o Zuza Paulino atirar num cabo e acertar numa criança que caiu morta ao lado deste. Na tarde de 29 de novembro de 1934, na mais freqüentada rua de Natal, o Tenente Zuza Paulino e seus sequazes policias, todos bem armados, invadiram e depredaram o prédio da redação e das oficinas do jornal “A Razão”, escorraçando com violências e ameaças as pessoas que lá encontrou no exercício do seu ganha-pão6. Em 24 de janeiro de 1935, Zuza Paulino invadiu a casa do diretor desse único jornal oposicionista que ainda circulava, Eloy de Souza. Com o boné no alto da cabeça, dois revólveres à cinta, dólmã desabotoado, fisionomia de ébrio, voz rouca de encachaçado, disse-lhe o oficial no berro característico de tal estado: Entrei aqui para avisá-lo de que se escrever o meu nome mais uma vez naquele seu papel d“A Razão”, virei aqui quebrar-lhe a cara de verdade!7

Zuza Paulino parecia ter encarnado o quase lendário personagem fanático do seu avô Capitão Manoel Baptista de Araújo Júnior, forçudo veterano de guerra por ter incorporado o “batalhão dos patriotas” que combateu no Ceará o movimento sedicioso de Joaquim Pinto Madeira, coronel de nacionalidade portuguesa que não reconhecia a abdicação de D. Pedro I. Dizem que sua espada era a mais afiada, tamanha a sua eficiência nos combates3. A cada ato de selvageria cometida pelo Tenente Zuza Paulino, mais Mário Câmara lhe gratificava com atos executivos: Em 6 de setembro de 1935, o 2º Tenente comissionado Zuza Paulino, foi efetivado nesse posto, ao ser promovido a 1º Tenente e, dias depois, a Capitão após ter sido nomeado8, através do Ato nº. 1.615 de 14 de outubro de 1935, no cargo comissionado de 2º Delegado Auxiliar da Capital, se tornando o responsável pelo policiamento de Natal, função até então exercida somente por bacharéis. Com essa situação de perigo e sem garantia alguma de segurança, os deputados constituintes eleitos pela oposição se refugiaram na Paraíba5.

Inutilizado para o seu serviço ativo, o Tenente Zuza foi reformado da Policia Estadual sem a promoção a que tinha direito por ter se ferido em defesa da legalidade, contrariando à letra expressa da lei11 e ainda foi recomendado às autoridades federais como perigoso comunista. Porém, o governo federal o premiou14. Zuza carregou para o resto da vida o estigma da falta de um braço e as chagas dos atos deprimentes cometidos por ele nos ominosos tempos da interventoria, acusação esta que foi obrigado a ouvir de seu ex-comandante, um sargento que o desacatara num cabaré, zona do meretrício em Natal, onde Zuza travou-se de razões com ele, apenas um ano e meio depois da tragédia, em 10 de Julho de 19366. Abandonou o seu estado e fixou residência em Mato Grosso, onde anos depois foi assassinato com uma bala desferida, pelas costas, por um antigo inimigo seu. Era casado com uma mossoroense e foi o pai de Lourival Guerra, uma espécie de brigão-guerreiro.

FONTE – AREIA BRANCA ONTEM, HOJE E SEMPRE

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